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China será o novo "Vale do Silício"?


Dos entrevistados pela empresa, 44% acreditam que é provável que o "centro de inovação tecnológica do mundo" mude para outro país nos próximos quatro anos

Um número significativo de executivos da alta tecnologia parece acreditar que os dias do Vale do Silício como centro mundial de inovação estão contados.

Pelo menos essa são as conclusões de um estudo da KPMG com 668 executivos de tecnologia em empresas de 1 bilhão de dólares ou mais, startups e empresas de capital de risco em todo o mundo.

Dos entrevistados pela empresa de auditoria fiscal e de consultoria, 44% acreditam que é provável que o "centro de inovação tecnológica do mundo", agora no Vale do Silício, mude para outro país nos próximos quatro anos. A nação mais provável para os entrevistados é a China.

Gary Matuszak, presidente mundial da KPMG e líder da empresa em tecnologia, mídia e prática de telecomunicações nos EUA, disse que ficou surpreso com a resposta à questão de saber se o Vale do Silício irá manter sua liderança, mas também apontou que uma grande porcentagem dos inquiridos, 42%, era da região Ásia-Pacífico - e esses executivos foram bastante otimistas em relação à China. A KPMG acrescentou que 34% dos entrevistados eram das Américas e 23% da Europa, Oriente Médio e África.

Matuszak disse que também achou surpreendente o fato de 28% dos entrevistados norte-americanos acreditarem ser provável que o centro mundial de inovação saia do Vale do Silício durante os próximos quatro anos. Uma maior porcentagem, 39% dos entrevistados norte-americanos disseram que esperam que os EUA mantenham seu papel de liderança em tecnologia, enquanto 32% ficaram "em cima do muro" sobre a questão, disse ele.

Entre os entrevistados chineses da pesquisa, 60% acham que o centro de inovação mudará nos próximos quatro anos. Para aqueles que acreditam que um novo Vale do Silício irá surgir, a opção mais provável, não surpreendentemente, foi a China.

"A inovação está começando a acontecer em outras partes do mundo", disse Matuszak, e os chineses entrevistados, em particular, "acreditam que estarão em par com o Vale do Silício".

Matuszak afirmou que a principal descoberta da pesquisa é que o Vale do Silício está se tornando cada vez menos uma força, porém outras áreas do mundo estão colocando mais ênfase na inovação. “Não acredito que o centro das inovações irá mudar, certamente nos próximos quatro anos. [Outras partes do mundo] subestimam o que é preciso para criar um ambiente como temos no Vale do Silício”.

O especialista afirmou que o Vale do Silício é diferenciado pelo grande ecossistema que construiu para dar suporte a atividades de inovação. Esse sistema, de acordo com ele, é a coisa mais difícil de ser reproduzida.

Preocupação em Washington

O crescimento das capacidades tecnológicas da China se tornou uma grande preocupação em Washington. Os esforços de inovação do país foram o assunto de uma audiência da United States-China Economic and Security Review Commission (Comissão de Revisão de Economia e Segurança EUA-China, em tradução livre).

Durante a comissão congressista, o presidente da Information Technology Innovation Foundation, Robert Atkinson, disse aos legisladores que os chineses “não querem mais dominar apenas a produção de mercadorias baseadas no custo e deixar que nós sejamos os inovadores. Eles também querem vencer em inovações na competição econômica”.

Atkinson disse que mesmo que empresas chinesas não se tornem líderes de inovação, a economia da China “pode ser tornar líder se suas políticas fizerem com que multinacionais levem suas atividades de inovação cada vez mais para lá. Eles não querem apenas fazer algumas coisas e comprar outras. Querem virtualmente fazer tudo, especialmente produtos e serviços de tecnologia avançada. O resultado pode muito bem ser a continuação de uma tendência da última década, quando a produção industrial EUA experimentarou um declínio sem precedentes de 11%, enquanto o resto da economia mundial cresceu por volta de 13%” ponderou Atkinson.

Em uma outra audiência também realizada em maio, o subsecretário do Departamento do Comércio dos EUA, Patrick Gallagher, disse aos legisladores que a fabricação é crítica para pesquisa e desenvolvimento. “A fabrição faz uma contribuição desproporcionalmente grande à inovação dos EUA, representando 70% do setor privado de pesquisa de desenvolvimento (P&D) e de desenvolvimento de capacidades que dão suporte à próxima geração de produtos e processos” apontou Gallagher.

Até recentemente, o setor de fabricação norte-americano vem perdendo terreno. "A China está se aproximando dos Estados Unidos em termos de volume total da produção industrial", alertou Gallagher.

Fonte: IDGNOW

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