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Onde há dinheiro, há criminoso virtual


Um dos destaques da edição 2012 do CIAB FEBRABAN(Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras) foi a presença de Art Coviello, chairman da RSA, empresa da EMC especializada em segurança. Um dos maiores especialistas do setor, Corviello disse que a presença do Brasil na lista dos países com maior número de ameaças digitais é fruto do crescimento do país.

“O Brasil é hoje a sexta maior economia do mundo. Quanto maior a economia, mais dinheiro ela atrai, e onde há dinheiro há criminosos virtuais”, diz o executivo. Por isso ele reforça que a preocupação das empresas em geral, e dos bancos em particular, deve ser constante: há que estar atento para a segurança física e para a segurança lógica. “E agora temos também a mobilidade”, provoca em entrevista exclusiva ao Convergência Digital.

E não há muita como escapar das ameaças. Quando se fala especificamente no setor financeiro, adiciona-se ao tamanho da economia brasileira o uso massivo que os bancos do País fazem da tecnologia. Coviello lembra que este é o dilema que se coloca para o mercado hoje: a tecnologia torna as empresas mais produtivas e eficientes, e ao mesmo tempo mais expostas.

“Quando se fala em segurança, os bancos brasileiros estão trabalhando bem e melhorando cada dia mais. Estão entre os melhores do mundo em tecnologias digitais e serviços online, e é justamente isso que os torna mais expostos às ameaças, por isso eles devem estar mais atentos”, afirma.

Novos modelos

E a esta receita o especialista adiciona ainda outros ingredientes, como redes sociais, computação em nuvem e, mais específico do setor, a desintermediação. Tudo isso somado cria um novo contexto: novos modelos de uso da tecnologia que estão possibilitando a criação de novos modelos de negócio. “Fatores como a nuvem estão permitindo que empresas que nunca realizaram determinados negócios mudem totalmente seu modelo de atuação”, diz.

Ele citou como exemplo a própria EMC, que por conta da popularização da nuvem deve começar a oferecer em breve serviços de autenticação baseadas em risco, só que para o mercado de consumo. “É um mercado onde nunca estivemos”, diz. Ele lembra ainda outro exemplo, este mais próximo: a Apple, que começou sua história como fabricante de computadores e hoje comercializa conteúdo na nuvem, que pode ser consumido em vários dos dispositivos criados pela companhia.

“Muitas empresas estão tirando proveito da TI para criar novos negócios”, diz. É bom por um lado, mas por outro exige uma atenção ainda maior na relação do negócio com a segurança. Mais que isso, exige maturidade em relação ao tema. Neste contexto, Coviello divide o mercado em quatro categorias de clientes, ou potenciais clientes:

- orientados a controle – são as empresas interessadas somente em controlar o que acontece em seus ambientes. É um perfil bastante comum em pequenas e médias companhias, que ainda não têm consciência das ameaças e riscos aos quais estão expostos.

- orientados a conformidade – são empresas onde a consciência do risco existe, mas as áreas responsáveis estão focadas somente no cumprimento de normas de conformidade. “Preocupam-se mais em fazer o que está nos manuais do que em fazer o que é certo”, resume Coviello.

- orientados ao risco de TI – aqui a consciência aumenta. As empresas entendem que seu ambiente está em risco e buscam proteção para que ele seja preservado.

- orientados ao risco do negócio – para o especialista, representa o mais alto grau de consciência e preocupação com a segurança. “Aqui estão empresas que sabem que, sem uma estratégia e políticas de segurança bem definidas, o seu negócio está ameaçado, não apenas seu ambiente de TI”, afirma.

A boa notícia para o setor financeiro brasileiro é que, na avaliação de Coviello, o segmento está entre os dois últimos grupos, ao contrário dos norte-americanos, por exemplo, ainda mais preocupados com a conformidade. “Os bancos brasileiros parecem mais consolidados em relação à segurança, mais que os americanos”, conclui.

Fonte: Convergência Digital

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