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Entenda os investimentos e direcionamentos do Programa TI Maior

Estruturado em cinco pilares fundamentais, iniciativa quer aumentar a força do software nacional na economia brasileira e posicionar o País como pólo de exportações de TI

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou oficialmente no dia (20/08), em São Paulo, o Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação ou TI Maior, que tem o objetivo de fomentar a indústria de software e serviços de TI no Brasil.

O TI Maior quer projetar um gigantesco crescimento para o mercado de tecnologia da informação no Brasil e tem algumas metas até 2020, como: subir a colocação do País no ranking mundial de TI da 7ª para a 5ª colocação; aumentar o PIB do setor de US$ 102 bi para entre US$ 150-US$ 200 bi; alavancar a exportação do setor de US$ 2,4 bi para US$ 20 bi; subir a participação de tecnologia no PIB brasileiro de 4,4% para 6%; e chegar ao número de 2,1 milhões de profissionais qualificados – valores comparados com os números de 2011.

Para o Programa, o  Governo investirá cerca de R$ 500 milhões. “Alguns poderão dizer que são recursos tímidos, frente ao tamanho do setor no Brasil. Quero observar aqui, que o TI Maior não se configura apenas como um programa de investimentos, mas sim como um conjunto de ações articuladas do Governo Federal, visando ao fortalecimento do software nacional na economia brasileira”, afirmou Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência e Tecnologia. “O TI Maior é um programa de estratégia para que a indústria de software nacional ganhe mais força.”

A iniciativa está estruturada em cinco pilares: Desenvolvimento Econômico e Social, Posicionamento Internacional, Inovação e Empreendedorismo, Produção Científica, Tecnológica e Inovação, e Competitividade, que compreende as seguintes áreas e ações:

Ecossistema Digital: identificar setores estratégicos da economia brasileira nos quais o País tem vantagem comparativa ou possui um grande desafio socioeconômico, estimulando a formação e consolidação de ecossistemas de base tecnológica em TI relativos a esses setores, com ganhos para toda a cadeia produtiva.

Entre os setores selecionados – com seus respectivos investimentos – estão: defesa e segurança cibernética (R$ 42,5 mi), educação (R$25 mi), saúde (R$30 mi), petróleo e gás (R$39,2 mi), energia (R$21 mi), aeroespacial (R$55 mi), grandes eventos esportivos (R$12 mi), agricultura e meio ambiente (R$20 mi), finanças (R$18 mi), telecomunicações (R$ 13 mi) e mineração (R$12,6 mi). Os impactos previstos pelo MCTI são quanto ao estímulo a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para uma indústria de base tecnologia para o Brasil.

Há também os mercados de software para tecnologias consideradas estratégicas pelo Governo, como computação em nuvem (R$ 40 mi), mobilidade, internet e jogos digitais (R$43 mi), computação avançada de alto desempenho (R$50 mi) e software livre (R$10 mi).

Start-up Brasil: A ideia é construir ambientes que acelerem o empreendedorismo em tecnologia voltado para a competitividade global, ou, em outras palavras, aproveitar o grande gancho de oportunidades que as startups podem gerar em questões de desenvolvimento tecnológico e inovação. Serão investidos cerca de R$ 40 milhões, e os impactos esperados pelo Governo tangem a criação de softwares e serviços de alto valor agregado, foco no mercado local, priorização de nicho e interação empresa-universidade.

Governo, Setor Privado, Academia, Empreendedores e Mercado de Capital são os elos do Start-up Brasil, que darão suporte legal e financeiro, gestão de modelo de negócio, além de disponibilizar investimentos, infraestrutura e outras medidas.

Brasil Mais TI: Essa é, certamente, uma das medidas mais esperadas por todo o mercado de tecnologia nacional, pois tem a meta de capacitar 50 mil jovens até 2014 para fortalecer a mão de obra em tecnologia da informação. Com a ação, o Governo espera despertar em jovens estudantes a vocação para TI.

Atração de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento: A ideia é atrair quatro Centros Globais de P&D para o Brasil na área de software e serviços de TI, impactando, principalmente, empresas globais, o crescimento de diversas empresas (essa medida está intimamente ligada ao Start-up Brasil), abrir o mercado de software e serviços brasileiro, estimular o capital de risco e funding, entre outros.

Ainda na área de fundos de investimento, o Governo quer articular e consolidar iniciativas do gênero no setor de software e serviços de TI, atrelados aos apoios concedidos em PD&I.

“Temos que colocar inovação no centro da economia brasileira”, pontuou o ministro. “Queremos também fazer com que o desenvolvimento seja de forma sustentável”. O Governo investirá R$ 15 milhões entre 2012 e 2015 para alavancar a iniciativa.

Inteligência de Mercado: o Governo vislumbra criar um programa de Inteligência de Mercado que tenha também relação com o setor privado, de maneira a permitir a arquitetura de pesquisas e estruturação de relatórios para atender as necessidades dos diferentes públicos-alvo da iniciativa, obviamente, abraçando aos setores já identificados pelo MCTI.

CERTICs: O que é o software nacional e como desenvolvê-lo e certificá-lo da forma correta? Essa é a ideia da Certificação de Tecnologia Nacional de Software e Serviços Correlatos (CERTICs), que quer possibilitar a ampliação da base tecnológica nacional, por meio de apoio ao desenvolvimento de tecnologias tupiniquins de software e serviços.

Como informou o MCTI, o instrumento-chave do CERTICs está baseado no desenvolvimento, implantação, monitoramento e no aprimoramento de uma metodologia de avaliação de software e serviço com tecnologia nacional. Essa medida está diretamente relacionada ao Decreto nº 7.174/10 e à Lei nº 12.349/2010, que estabelecem preferência de compras para produtos e serviços resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizadas no Brasil (Poder de Compra Governamental).

“Queremos que o setor de software cresça muito no Brasil. Não importa se a empresa é nacional ou internacional, queremos incentivar a produção com recursos nacionais”, ressaltou Raupp. “Temos a expectativa que as empresas internacionais instaladas no Brasil comecem a exportar o software criado e produzido aqui.”

Panorama do setor de software e serviços em TI


Mercado interno de TI em 2011 foi de US$ 102 bilhões, de acordo com dados da Brasscom, com exportações representando 3% (US$ 2,5bi), BPO 6% (US$ 4,9bi), software 6% (US$ 5,5 bi), hardware 23% (US$ 19,5 bi), serviços 16% (12,6 bi) e TI in-house 46% (US$ 39,1 bi).

Fonte: ITWEB

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