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Brasileiros reagem à espionagem e rejeitam repasse de dados por empresas de tecnologia

Apenas um em cada quatro brasileiros concorda que o governo deve monitorar e vigiar os dados de Internet e de telefonia da população. 

É o que revela pesquisa feita pela YouGov, a pedido da organização Anistia Internacional, que entrevistou 15.000 pessoas em 13 países do mundo. No Brasil foram 1.006 pessoas entre os dias 4 e 11 de fevereiro. Os dados foram divulgados no dia 17/03/2015.

Segundo o levantamento, 65% dos brasileiros ouvidos reprovam que autoridades interceptem, armazenem ou analisem dados da rede mundial de computadores ou da telefonia móvel; 25% são a favor e outros 10% não souberam responder. A reprovação nacional é seis pontos percentuais maior que a média dos demais países, que ficou em 59%. A necessidade de monitoramento dividiu entrevistados em alguns países, a exemplo de Grã Bretanha, Canadá, Holanda, Nova Zelândia, África do Sul e EUA --que tiveram menos de 10 pontos percentuais de diferença entre aqueles que são a favor e contra.

A pesquisa mostrou também que o Brasil foi o país com maior índice de rejeição à ideia de que as empresas de tecnologia devem repassar dados aos governos como forma de segurança, com 78% de reprovação. Ao todo, 55% acreditam que os dados devem ser repassados apenas com ordem judicial, com uso de critérios transparentes.

Também ficamos no topo como população mais propensa a reclamar do governo na Internet, caso tenha ciência de que seus dados estão sendo vigiados – 29% do total disseram que essa seria a atitude mais provável em caso de espionagem.


Espionagem rejeitada

Segundo o levantamento, 80% dos brasileiros reprovaram a prática de espionagem norte-americana. Foi a segunda maior taxa do mundo, atrás apenas da Alemanha, que teve índice de 81%. O menor percentual veio da França, com apenas 56% reprovando a espionagem --a pesquisa foi realizada após o ataque à revista Charlie Hebdo.

Em junho de 2013, o ex-consultor da NSA (sigla em inglês da Agência Nacional de Segurança), Edward Snowden, afirmou que Brasília fez parte de uma rede de 16 bases de espionagem operadas pelos serviços de inteligência dos EUA, que espionaram milhares de chamadas telefônicas e e-mails. O país seria o principal alvo do monitoramento.

Para a Anistia Internacional, a vigilância de dados só pode ocorrer mediante autorização judicial. A organização informou que está tomando medidas legais nos EUA e Reino Unido para dar um basta à vigilância em massa na internet. No dia 10 de março, uma ação contra a NSA foi ajuizada no Tribunal Federal dos EUA. Com a divulgação da pesquisa, a Anistia Internacional lança a campanha #UnfollowMe (não me siga, em português) para mobilizar pessoas de todo o planeta a discutir a vigilância, exigir mais transparência dos governos e pressionar por medidas que impeçam o uso indiscriminado da tecnologia para a espionagem em massa.

"Todo mundo que usa a internet hoje corre o risco de ter suas comunicações monitoradas pelo governo de seu país e, em alguns casos, por governos estrangeiros. A Lei Internacional de Direitos Humanos protege o direito à privacidade e liberdade de expressão e os governos têm o dever legal de proteger estes direitos. Uma sociedade que respeita a liberdade e o Estado de Direito deve respeitar a privacidade", afirmou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil.

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