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Tecnologia brasileira entra na briga do mercado global de comunicação segura

Uma empresa brasileira está buscando um lugar de destaque no mercado global de comunicação móvel criptografada. 

Trata-se da Sikur, que no Mobile World Congress 2015 está lançando o Granitphone, um celular com tecnologia 100% nacional de segurança, e que tem como concorrentes três empresas no mundo: Suécia, EUA e Rússia. A Defesa brasileira já está atenta ao produto, que será fabricado na Ásia. Versão mais flexível - sem restrição aos OTTs, por exemplo - será lançada no final deste ano. Ideia é vender 80 mil terminais até dezembro.

"Temos duas operadoras brasileiras bem interessadas em ter o Granitephone no portfólio de soluções corporativas. E aqui em Barcelona, teles de outros países nos procuraram. O engraçado é que em segurança, ser do Brasil, hoje, é 'cool'. Muitos vêem aqui por conta de sermos brasileiros", diz Leandro Coletti, diretor da Sikur.

A ideia para o desenvolvimento do Granitephone surgiu antes do episódio Snowden, mas ganhou ainda mais fôlego após a divulgação da espionagem dos telefonemas da presidenta Dilma Rousseff. "Não criamos o Granitephone por conta da espionagem, mas ela nos ajudou muito. A Defesa teve que dar um valor maior à criptografia, à privacidade da informação", diz Coletti.


Fundada em 2009 por ex-executivos do setor financeiro de Curitiba (PR), a Sikur traçou uma política de crescimento global. Tanto é assim que, em janeiro, transferiu sua sede para Miami (EUA). A companhia também tem escritórios em Emirados Árabes, México, Colômbia e Chile, países para os quais os produto também estará disponível. A partir do ano que vem, haverá vendas para Europa e Ásia. "Estamos muito cientes do que queremos nesse mercado de segurança. Temos convicção que podemos ser uma operação global não só com o Granitephone, mas com o Sikur, que é a nossa plataforma".

Na prática, o Granitephone começa a ser vendido no terceiro trimestre deste ano. Ainda não está sendo testado por nenhum usuário. Esse modelo de prova de conceito deverá começar dentro de 30 a 45 dias, já com órgãos do governo Dilma. "Eles vão usar o Granitephone 1, que deverá ter um custo médio de US$ 800 e será fabricado na Ásia. Não há como fazer a 'montagem' no Brasil. O custo é inviável", explica Cristiano Iop.

Até o começo de abril, a Sikur planeja anunciar uma parceria com um grande fabricante para fazer uma versão para o consumidor final do Granitephone. "Vamos ter o android e o acesso aos OTTs, mas sempre com a nossa camada de segurança. O consumidor também quer recuperar o que perdeu: a sua privacidade. Mas quer ter o direito de ir à rede pública. Vamos oferecer isso. Mas pela parceira. Hoje, o consumidor final não é o nosso alvo imediato", ressalta o executivo.

Com capital fechado e recursos obtidos pelos próprios acionistas, a Sikur não recorreu as linhas de crédito do governo. "O acesso ao capital no Brasil é muito moroso. Tivemos essa ideia do granitephone e a tornamos real em pouco mais de seis meses. Se esperássemos o dinheiro público, poderíamos estar ainda no começo do desenvolvimento", completa Iop.

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